Já ouvi muita gente se exaltando, falando das suas qualidades e coisa e tal... E realmente, uma oratória bem articulada tem o seu poder, às vezes eu chegava a pensar "legal, queria ser assim também", mas infelizmente, quando fica só na palavra, logo a credibilidade acaba e aquele valor descrito antes se torna nulo.
Uma relação que também me tem chamado a atenção é que, normalmente, quem mais fala de si, menos faz o que diz. Trágico, mas real.
Como gosto de citar apenas pessoas de caráter íntegro, vou tomar, mais uma vez, o exemplo do Senhor Jesus (ainda que você seja ateu vai concordar que o comportamento dEle, descrito na Bíblia, era irrepreensível).
Pois bem, certo dia, João Batista, que estava encarcerado, mandou uns mensageiros até Jesus para saber se Ele era mesmo o Cristo ao qual esperavam, ou deveriam aguardar um outro. Veja a resposta: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho (Mt.11:4-5). Viu só? Ele não disse "Sou eu, o Filho de Deus" ou coisa assim, mas pediu que os mensageiros relatassem o que Ele havia feito. João saberia, pelas obras, quem Ele era.
Agora, se o próprio Filho de Deus provava por obras quem era, porque um reles mortal tenta convencer com palavras quem é? A quem se quer enganar? Aonde se quer chegar fundamentando-se só em blá-blá-blá?
Imagino que a forma mais sábia de mostrar quem se é, é sendo, sem máscaras, disfarces ou fantasias, sem maquiagem. Se quiser que algo seja dito sobre você, deixe que os outros falem, caso contrário, pode ser apenas um monte de propaganda enganosa, e ninguém gosta disso.
Forte abraço.
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