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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Histórias que edificam: "Você levaria Deus ao banco dos réus?"


Ele continua à nossa porta. E nós continuamos com o poder da escolha nas mãos


Uma grande rebelião se formou na Terra. Pessoas de todas as idades se uniram e decidiram pôr um ponto final na soberania do Deus Todo-Poderoso.
Em seu discurso, o presidente mundial instigou:
– Há séculos que vivemos como fantoches nas mãos deste Deus! Somos usados como bonecos, e a nossa vida sempre se encaminha para um rumo que não desejamos....
A multidão em volta do grande palanque se amontoava. Homens, mulheres, idosos e jovens observavam atentamente cada palavra dita pelo poderoso comandante mundial. E a cada frase formada ele falava diretamente às pessoas, os populares se agitavam, levantavam bandeirinhas e jogavam papel picado do alto dos prédios.
 – ... Sempre que imaginamos estar fazendo o que é certo, logo percebemos o engano em que nos envolvemos. Vocês acreditam que Ele serve para nos governar?
– NÃOOOOOOOOOO!!!! – ...Um grande coro subia dos habitantes...
– Olhem para as suas vidas! Vejam como estão vivendo! É justo o que passam em suas casas, com seus filhos, esposas e maridos? É justo passarem por tantas dificuldades quando Ele, por ser Deus, teria a obrigação de nos fazer feliz? Respondam!!!!
– NÃOOOOOOOOOO!!!! – Outro coro emergia...

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A multidão estava em polvorosa.  Os habitantes passavam as mãos na cabeça, analisavam cada questão, lembravam-se de suas vidas, observavam seus familiares, tudo parecia coincidir com o que o presidente falava. A população já estava convencida de que aquelas palavras eram verdadeiras. Tudo se encaixava com o que ele dizia...
Os chefes de Estado resolveram se manifestar:
– Temos que fazer alguma coisa! Não podemos mais viver subjugados desta maneira! Propomos um julgamento. Que esse Deus, a quem nos submetemos há tantos anos, seja colocado no banco dos réus!!!
A multidão veio abaixo! Papéis picados foram jogados do alto dos prédios, trios elétricos animavam a confusão, jovens gritavam palavras de ordem, idosos concordavam entre si...
Mas havia quem discordasse. Esses, na verdade, eram poucos, muito poucos diante de tantas pessoas querendo destronar o Todo-Poderoso...
– ...Muito bem! – disse o governador do mundo – Vamos fazer o que o Conselho de Chefes de Estado propôs: vamos colocar Deus no banco dos réus!!!!
– ÊÊÊÊÊÊÊÊHHHHHHHH! VIVA o grande governador do mundo! – Explodia a população!
– VIVA!!! VIVA!!!!!

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Do céu, Deus via tudo, mas não se manifestava. Não interferiu no projeto dos humanos como aconteceu na Torre de Babel. Do Alto, Ele via o que tramavam, mesmo assim, deixou que seguissem com o plano.
No enorme cenário montado, Deus fez questão de descer, sentando-se na cadeira reservada aos réus. Ele olhava a todos, e todos O olhavam com ódio. Era como se já estivesse condenado antes mesmo de ter sido julgado. Deus, no fundo, não menosprezava a multidão que sempre acolheu, apesar de estar triste com toda aquela injustiça.
O governador do mundo logo se autoproclamou juiz, e o júri – formado por parte da população – aguardava ansioso para o começo do inusitado julgamento.
Iniciada a audiência, o juiz pediu para que a primeira testemunha de acusação se apresentasse:
– O meu nome é Antônio. Já havia ouvido falar desse Deus, mas nunca quis segui-Lo. Sempre fui da opinião de que não precisaria ser “fanático” para ter uma boa vida. E agora vejo que eu estava certo. A minha esposa me abandonou. Meus filhos sequer olham em meu rosto, tenho uma vida limitada, sofri um acidente e hoje não consigo viver sem que alguém me ajude. Agora Ele, em vez de me ajudar e me estender a Sua mão, acho que nem sabia da minha existência! O que Ele fez por mim? – o homem continuava a falar, apontando para Deus, quando o juiz pediu para que se acalmasse e retornasse ao seu lugar...
Em seguida, chamou outra testemunha de acusação para entrar:
– A minha vida sempre foi uma lástima! Engravidei de um homem casado, que terminou comigo porque não quis abandonar a mulher e os filhos. Por causa disso, tive que sustentar uma criança sozinha, parei de estudar, meus pais me desprezaram... Nunca consegui encontrar um emprego decente, fui parar nas ruas, mas com um grande esforço saí de lá. Mas Ele – apontava firmemente para Deus – não fez nada por mim! Ele fala de amor, paz, alegria e vida com abundância, mas eu nunca tive nada disso! Ele é uma farsa!
O público se agitava. Alguns encorajavam a mulher a falar mais, enquanto outros diziam que ela estava sendo injusta. Em poucos segundos, o tribunal virou uma grande confusão. O juiz bateu o martelo e exigiu ordem, mas quase não foi ouvido. Como a repercussão era mundial, e todos desejavam ardentemente uma resposta por parte do juiz, querendo que ele, de uma vez por todas, destronasse Deus de Sua Glória e Poder, decidiu agilizar o processo. Temia, enfim, que a população se voltasse contra ele, e por isso estava à mercê de todos os caprichos dos humanos, porque, dentro de si, imaginava tornar-se também um deus.
Em seguida, duas testemunhas de defesa se apresentaram:
– Céu e Terra, por favor, apresentem-se!
– Somos testemunhas de que Deus colocou diante de vocês a vida e a morte, a bênção e a maldição. E testemunhamos que a nenhum de vocês foi negado o poder da escolha. Diante de todos foram postos os caminhos do bem e do mal; vocês sempre tiveram o poder de escolher o que gostariam seguir e fazer.¹
A multidão se calou, e o que antes havia se transformado em confusão, agora dava espaço a um clima de serenidade, que tomara totalmente conta do lugar.
Antônio, a segunda testemunha e as inúmeras pessoas que ali se encontravam imediatamente passaram a se lembrar de cada passo errado que deram por conta própria. E um filme se passou na cabeça de cada um deles, como se estivessem vendo a própria vida em milímetros. Antônio viu-se em vários momentos alcoolizado, espancando a esposa e agredindo os filhos; viu-se batendo o carro e ficando entre a vida e a morte após ter ingerido muita bebida; e viu-se sendo abandonado por todos os seus por não conseguirem mais suportá-lo.
Não há como negar a própria culpa. Já a segunda testemunha não sabia o que pensar. Viu-se em todos os momentos recusando os conselhos dos pais. E rejeitando as orientações dos que lhe amavam, embarcou em uma aventura amorosa que somente ela acreditava dar certo.

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A vergonha era mundial! Até o próprio juiz, o júri e os criminalistas se viram nas mais diversas situações de escolha pelas quais passaram ao longo da vida. Como culpariam um inocente?
Porém, Deus, ainda em mais uma tentativa de salvação, lembrou-lhes a proposta feita a todos desde sempre, e recusada pela maioria:
– Sempre estive à porta de vocês batendo incessantemente para que me ouvissem. Se vocês a tivessem aberto para mim, entraria, moraria com vocês e Eu faria parte de suas vidas, assim como vocês fariam parte da minha. Eu continuo à porta de vocês. E vocês continuam com o poder da escolha nas mãos.²
Para refletir
É muito fácil condenar os outros por erros cometidos por nós mesmos. Temos o poder da escolha nas mãos, mas nem sempre nos inclinamos para o que diz a nossa razão. A boa escolha vem do raciocínio, mas a má, do coração. Logicamente, Deus jamais vai estar sentado em um banco de réus, porém, é isso o que muitos pensam ou gostariam de fazer contra Ele por hoje colherem os frutos de suas péssimas decisões.

Referência¹: Apocalipse 3:20
Referência²: Jeremias 21:8 e Deuteronômio 30:15,19


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