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sábado, 28 de janeiro de 2012

O sétimo dia de descanso, previsto na Bíblia

Ao dizer que separemos o último dia da semana para Ele, Deus nos deu o benefício de uma pausa estratégica para nossa vida em todos os sentidos

Por Marcelo Cypriano
marcelo.cypriano@arcauniversal.com

 
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 

Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. 

Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. 

Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou.”
(Êxodo 20:8-11)

À sua imagem e semelhança, Deus fez o homem. Tal como o homem, parou um dia para apreciar sua obra. Com essa passagem, a Bíblia já mostrava, milênios atrás, uma necessidade da qual hoje todos sabemos (e nem todos obedecemos): a de descansar. Está aí o estresse, a maior causa de mortes do mundo moderno, que não deixa ninguém mentir. E no descanso do qual a Palavra Sagrada fala não está previsto só o repouso, tão necessário ao corpo e à mente. Também nele está contido o tempo em que precisamos “pisar um pouco no freio”, desacelerar, desligarmo-nos do dia a dia, que pode até ser prazeroso, mas desgasta aos poucos.
Também do dia de descanso faz parte aquele tempo precioso que precisamos ter com nossos familiares, nossos amigos, e até com nossos animais de estimação. É aquela pausa para interagirmos com nossa casa, nosso bairro, nossa cidade, que quase todos os dias desrespeitamos tanto.
Sobretudo, este dia de descanso é o Dia do Senhor, como prevê a Bíblia. Não por acaso, é o principal dia de cultos e celebrações na igreja. É o dia em que podemos nos sentir mais próximos dEle e de seus preceitos, embora possamos estar com Ele a todo momento, todo os dias. Deus está conosco sempre, mas necessitamos, sim, de alguns momentos de exclusividade com Ele. Um tempo só para o Pai. Se pararmos para pensar, é pouco, perto de tudo que Ele nos dá.
Esse tempo de repouso, tão necessário, também “recarrega as baterias” para os dias seguintes, a nova semana que chegará, cheia de trabalho e estudo (graças a Deus). Quem não descansa direito adoece com facilidade, tem variações de humor (para pior), sente menos vontade de qualquer coisa. Reparado, tem novo fôlego para tudo. Obviamente, ficará cansado de novo, mas poderá descansar outra vez, e recomeçar o ciclo de 7 dias previsto pelo próprio Deus para nosso planeta. Vale repetir: o estresse é a maior causa de mortes no mundo, pois um corpo estafado é uma porta aberta a várias doenças. E é um assassino silencioso, pois não é novidade que só temos noção do quanto estamos realmente cansados quando paramos. Isso quando paramos antes do pior.
Ciclo planetário
Na configuração do universo tal como o conhecemos (ou seja: quase nada), a ideia de “dia” é muito relativa. Para nós, o que chamamos de dia é a rotação que nosso planeta faz em torno de si, como a Terra gira como um pião. Nisso, ela leva as 24 horas que conhecemos. O mesmo movimento (seu giro) em nosso segundo vizinho em direção ao Sol, Mercúrio, leva o equivalente aos nossos 58 dias e 16 horas. Muita gente gostaria de ter dias mercurianos (alguns enrolam tanto que parecem ter mesmo). Mas somos terráqueos, temos as nossas 24 horas e nossos organismos adaptados a elas para seu ciclo de vigília e repouso, por mais que alguns tentem enganá-lo com remédios ou outros artifícios, sempre prejudiciais à saúde. Quem toma um estimulante pesado para ganhar mais horas no dia, perde alguns anos de vida, pois o corpo cobra esse descanso, se desgasta e tem um desempenho inferior. Onde está o lucro?
Paz, repouso, convívio familiar, oração. Voltar-se para o Criador para agradecer por tudo é um exercício que o próprio Deus nos oferece para que, sem que percebamos, façamos um balanço da semana que se foi. Faz-nos pensar nas conquistas, no esforço despendido para realizá-las, nos problemas, nas desventuras. E na volta por cima. É tempo, inclusive, de agradecer (“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”, como sabiamente diz o apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5:18).
De sete em sete dias, uma vida inteira
Culturalmente, o sétimo dia de descanso tem diferenças na data certa. Os judeus seguem à risca a letra da Lei do Velho Testamento, e o sábado é o último dia da semana para eles.
Com o tempo, a cultura de outros povos transferiu o dia de descanso para o domingo, fazendo a segunda-feira o primeiro dia útil. Independentemente de ser sábado ou domingo, o ciclo de 7 dias tem o mesmo efeito.
Se alguém aí está pensando em “como pode alguém ser feliz trabalhando no domingo”, uma lembrança: não é em todos os países que o trabalhador tem direito às folgas de sábado. E em muitos que adotam o dia como folga hoje, em um passado bem recente não era bem assim. Na verdade, nem o domingo era pago, embora o trabalhador pudesse folgar nele. No Brasil atual, a folga de sábado é meramente relativa, pois trabalhamos algumas horas a mais de segunda a sexta para que possamos faltar aos sábados. Mesmo assim, a despeito do nome do dia, o sétimo período de 24 horas de descanso é adotado oficialmente na maioria dos países ditos civilizados.
Se o dia é para Deus, Ele acaba fazendo, em sua infinita sabedoria, que também seja algo bom para nós: uma parada estratégica, extremamente necessária à nossa vida nos sentidos físico, profissional, familiar, social e espiritual.

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